A VIDA NÃO FOI INJUSTA COM VOCÊ
“Se algum dia você for surpreendido pela ingratidão ou pela injustiça, não deixe de crer na vida, não deixe de ser um exemplo, não deixe de amar e não deixe de se construir pelo trabalho.”
Alfredo Martini Junior
Teve uma certa vez em que eu estava caminhando pela rua e me deparei com um casal na esquina pedindo ajuda. Eles me abordaram e me perguntaram se eu teria algo comigo que pudesse lhes dar para ajudá-los, respondi que não. No mesmo instante me veio a oportunidade de lhes questionar sobre o porquê de estarem vivendo sob aquela condição de miséria e por que não se esforçavam para ter uma vida melhor. Eles se olharam por uns instantes e aquele homem me respondeu: “A vida não foi justa conosco assim como ela foi para você moça. Nós passamos por diversas dificuldades e por isso vivemos assim.”
São muitas as pessoas que se apoiam nesse tipo de desculpa para justificar a falta de sucesso em suas vidas e, ainda por cima, sentem-se no direito de receberem recursos daqueles que possuem riquezas em abundância.
Não estou querendo dizer que aqueles que têm em abundância não devem em momento algum ajudar os que necessitam (cada um faz o que acredita ser o correto). Minha opinião é que devemos sim ajudar o próximo, devemos ter um coração solidário, mas um assunto que quero abordar brevemente neste artigo é que não é justo o fato de que aqueles que batalharam para ter uma vida estável tenham que suportar a pressão de serem “obrigados” a partilhar os seus recursos com aqueles que sequer suaram a camisa para merecer tal conforto, pelo fato de se apoiarem em desculpas como a citada acima. Tudo nessa vida é questão de esforços e merecimento.
Hoje em dia existem muitos críticos que se posicionam contra aquela parcela que possui grandes riquezas e, muitos desses críticos, querem ser os “Peter Pans” da vida real, lutando para que os que têm em grande quantidade sejam obrigados a distribuir seus bens para aqueles que pouco têm. Não concordo com isso, mas enfim, cada um tem as suas razões e o assunto que eu quero realmente tratar é outro. Trata-se do fato de muitos utilizarem as injustiças da vida como muletas.
Já ouvi tantas desculpas em defesa daqueles que têm uma vida miserável... “vítimas da sociedade” e “a vida foi injusta com essas pessoas” são as que eu mais escuto.
As pessoas não vivem uma vida de carências por serem vitimas da sociedade ou pelo fato da vida ter sido injusta com as suas realidades. Acredito que essas pessoas são vitimas das suas próprias fraquezas, pois se elas querem mesmo dar um salto de mudança em suas vidas, elas precisam largar de vez dessas desculpas e criarem coragem para assumir a responsabilidade das suas vidas.
“Sua vida é resultado das suas escolhas. Mesmo que lhe assolem as intempéries do mundo, ou a injustiça do seu próximo, você sempre poderá mudar a sua realidade. Toma para você o esquadro e o compasso e, sobretudo, assuma a responsabilidade de arquitetar a tua felicidade.” (August Branco)
Todo ser humano tem o poder de controlar a sua vida, é ele quem escolhe como será a vida que irá viver.
Idealize uma vida cheia de expectativas, sonhos, conquistas, repleta de riquezas, almeje sempre mais e mais... Sonhe com isso todos os dias. Deus nos deu a liberdade para sonhar alto e também nos deu a capacidade de conquistar tudo isso. Todos são capazes de alcançar a vida que tanto almejam, só que para isso é necessário demandar esforços e ter força de vontade.
As barreiras da vida são colocadas constantemente de frente aos objetivos de todas as pessoas. Diante dessas barreiras você é quem escolhe o que vai fazer. É isso mesmo, é você quem escolhe! Você vai se encolher diante das dificuldades e deixá-las lhe derrubar e utilizar isso como desculpa dizendo que a vida foi injusta, ou vai estufar o peito e utilizar todos os recursos disponíveis para detonar essas dificuldades e alcançar a satisfação pessoal? Eu encorajo todos vocês leitores a serem valentes e escolherem a vitória, pois, assim como afirma W. Somerset Maugham, “há uma coisa engraçada sobre a vida: se você recusar a aceitar qualquer coisa que não seja melhor, você muitas vezes a conseguirá”.
Nada nessa vida pode lhes servir como um motivo para lhes derrubar. Nenhuma doença, nenhuma notícia ruim... Nada, absolutamente nada pode ser utilizado como desculpa para a sua derrota. Para vocês entenderem bem o que eu estou querendo dizer, vou relatar duas histórias citadas pelo autor Anthonny Robbins em seu magnífico livro PODER SEM LIMITES:
“Ele estava viajando pela estrada principal a mais de 100 quilômetros por hora, quando de repente aconteceu. Alguma coisa ao lado da estrada chamou a sua atenção, e quando voltou a olhar na direção do seu caminho, só teve um segundo para reagir. Era quase tarde demais. O caminhão Mack na sua frente tinha feito uma parada inesperada. No mesmo instante um esforço para salvar a sua vida, inclinou sua moto numa derrapagem louca, que pareceu durar uma eternidade. Em um angustioso movimento lento, deslizou para baixo do caminhão. A tampa da gasolina pulou da sua moto, e o pior aconteceu: combustível espalhou-se e incendiou-o. Seu momento de consciência seguinte é a experiência de acordar numa cama de hospital, com dores de queimaduras, incapaz de mover-se, temendo respirar. Três quartos do seu corpo estão cobertos por terríveis queimaduras de terceiro grau. Ainda assim recusa-se a desistir. Ele luta para voltar a vida e reassumir sua carreira de negociante, para acabar sofrendo outro golpe abalador: uma queda de avião que o deixa paralisado da cintura para baixo, para o resto da vida(...)”
A outra história relatada por Antony Robbins é a seguinte:
É sobre a vida de um outro homem “fabulosamente rico, artista de enorme talento, com muitos admiradores. Aos 22 anos era o mais jovem membro do famoso grupo de comédia second city, de Chicago. Quase em seguida, tornou-se o astro mais conhecido do show. Logo era um sucesso teatral em Nova York. Tornou-se um doa maiores êxitos da televisão, nos anos 70 e logo um ídolo do cinema. Entrou para a música e teve o mesmo sucesso instantâneo. Tinha dúzias de amigos e admiradores, um bom casamento,lindas casas na cidade e no campo. Parecia ter tudo que uma pessoa poderia pedir.”
Esses são dois casos bem diferentes. Parece que a vida foi injusta com um e justa com o outro, não é mesmo?
Se eu fosse escolher a imagem a querer seguir entre essas duas pessoas eu escolheria prontamente a segunda opção, pois os meus sonhos atuais são de querer alcançar tudo o que esse homem tem. Estou me esforçando para adquirir tudo isso, então a lógica seria eu ter que me espelhar nele. Mas, uma coisa eu sei, não adianta eu ter tudo isso e me tornar uma pessoa vazia, sem expectativas. Tem uma outra coisa que me chamou a atenção no primeiro caso que foi a recusa daquele homem de desistir dos seus objetivos. Se eu tivesse que ser submetida a situação que a pessoa da primeira opção teve de enfrentar, eu, com muita dificuldade, iria me espelhar nele e continuar batalhando pelos meus sonhos. Então vamos continuar a contar a história dessas duas pessoas e ver qual exemplo eu realmente escolheria:
“Atualmente a primeira pessoa é uma das mais cheias de vida, fortes e bem sucedidas (...). Seu nome é W. Mitchell, e ele está vivo, bem e morando no colorado. Desde o seu terrível acidente de moto, ele conheceu mais sucesso e alegria do que a maioria das pessoas a vida toda. Ele desenvolveu excelentes relações pessoais, com alguns dos mais influentes nomes dos Estados Unidos. Tornou-se um milionário nos negócios. Até candidatou-se ao Congresso, apesar da sua face estar grotescamente marcada. (...) Hoje ele tem uma fabulosa relação com uma mulher muito especial e fez campanha para sair candidato a governador do colorado.”
Bom, se a primeira pessoa, mesmo tendo enfrentado todas aquelas dificuldades, conseguiu mesmo assim lograr tanto êxito em sua vida apenas com a sua força de vontade, então a lógica é de que a segunda opção deva ter conseguido condições muito melhores que a do primeiro, não é mesmo? Tudo indica para que sim, mas se ele for uma pessoa vazia então a resposta é não, pois sabemos bem que atualmente vivemos em uma era onde as pessoas, mesmo já tendo todas as riquezas necessárias para a sua subsistência ou então tendo todos os recursos necessários para adquiri-las, elas sofrem da falta de um recurso essencial para manter a vida plena... O ânimo, a força de vontade, a persistência de querer estar sempre prosperando e a carência desses quesitos pode nos jogar para o fundo do poço. Então vamos continuar a relatar o que aconteceu com o segundo caso:
“Essa pessoa era John Belushi. Foi um dos mais célebres comediantes de nosso tempo e um dos maiores sucessos da história do entretenimento nos anos 70. Belushi era capaz de enriquecer inúmeras vidas, mas não a sua própria. Quando morreu com idade de 33 anos, daquilo que o delegado chamou de intoxicação aguda por cocaína e heroína, poucos dos que o conheciam ficaram surpresos. O homem que tinha tudo tornara-se um bêbado, um viciado incontrolável, velho apesar da idade. Por fora ele tinha tudo, por dentro estava vazio havia anos.”
Vejam que utilizei exemplos que se contrastam um contra o outro e não peguei qualquer exemplo que vemos no dia a dia nas ruas da cidade, para que os críticos não me venham bombardear com os seus posicionamentos. Eu fiz questão de usar os mesmos exemplos utilizados pelo autor Anthony Robbins, para que todos compreendam bem o que eu quero ressaltar.
Todos nós temos grandes sonhos em nossas vidas e, mesmo já tendo ou não grandes impérios, não devemos nos esvaziar das esperanças. Que sejamos sempre persistentes diante das dificuldades, pois elas estão presentes na vida de todo mundo. Não deixe as dificuldades tomarem conta de você e derrubarem a sua vida, pois pense que elas são fatores necessários para o nosso sucesso. E quando você já tiver alcançado um objetivo na vida, não se torne uma pessoa vazia, crie novos sonhos, seja um eterno lutador e colecione vitórias. Saiba que todo mundo um dia irá enfrentar um desafio supremo, uma hora seremos testados até o nosso último limite e a vida nos parecerá injusta, sendo que na verdade são só desafios.
“Uma hora nossa fé, nossos valores, nossa paciência, nossa compaixão, nossa capacidade de resistir são todas empurradas para além dos nossos limites”(Anthony Robbins)
Mas não aceite esses desafios como um motivo de derrota, não se justifique dizendo que a vida foi injusta com você (Até porque não considero isso como justificativa). LEVANTE-SE! ERGA A CABEÇA! Utilize tudo isso como incentivo, como oportunidades de prosperar, pois todos nós temos capacidade para nos tornarmos o que quisermos diante de qualquer situação, basta sermos persistentes e estarmos dispostos a nos levantar em toda a rasteira que recebermos da vida.
Persistência, disposição e fé são a base de todos os nossos sonhos.